Trabalho e liderança: Não seja “escravo” da sua própria empresa!

Trabalho e liderança: Não seja “escravo” da sua própria empresa!

O trabalho é um tema abordado em permanência nos jornais, rádio, televisão e internet, dada a sua importância. Frequentemente, deparamo-nos com notícias de que há empresas ou patrões que “escravizam” os seus colaboradores. Faço uma ressalva importante, para não ser mal interpretado. O sentido que dou à palavra “escravizam”, neste artigo, é apenas trabalhar para além das 8 horas diárias. Muitas vezes, estas pessoas são chamadas de workaholics.

Como consultor, tenho acompanhado várias empresas. Em alguns casos, as circunstâncias obrigam a algum esforço, quer pelo aumento da atividade, quer pela falta de recursos ou, então, pela necessidade de pensar o negócio de uma forma eficiente.

Quando trabalho com empresários ou empreendedores, é natural fazer algumas perguntas interessantes para atestar o envolvimento no seu sonho empresarial. Tenho ouvido várias respostas, pelo que saliento as mais originais.

  • Quantas horas trabalha por dia? Quantos fins-de-semana descansa por ano? “24 Horas mais a noite”, “Eu não trabalho, estou apaixonado pelo que faço”, “Trabalho para o meu sonho”, “Se parar, o negócio morre” ou “O trabalho dá saúde”.
  • Quantos dias de férias goza por ano? “Não sei o que é isso”, “O negócio não se compadece”, “Vou tirando uns dias” ou, a afirmação mais frequente, “Uma a duas semanas”.

Quando ouço respostas deste calibre, há uma pergunta sacramental que coloco em cima da “mesa”. E os seus colaboradores? Quantos dias de férias gozam? Normalmente, ouço um silêncio ensurdecedor. É a tomada de consciência de que algo está errado.

 

Ser “escravo” do trabalho? Não, obrigado!

O esforço, dedicação, determinação e trabalho árduo de um empreendedor em prol do seu negócio (e da concretização de um sonho) são comparáveis a “escravidão”. Isto é algo que, no meu entender, não pode acontecer. Quem vive desta forma, anos a fio, está a fazer a “coisa errada”. Não tem uma empresa, tem um autoemprego.

É natural que, nos anos de arranque de qualquer atividade, a dedicação seja elevada para fazer a empresa desenvolver-se e triunfar. Mas, quando o negócio depende permanentemente do seu líder, algo está mal. É um sinal de que a equipa não trabalha sozinha e de que não há confiança, autonomia, motivação e desenvolvimento dos colaboradores. Está na altura de parar e pensar!

Imagine que quer comprar uma boa empresa. Quanto está disposto a investir se souber que esta está inteiramente dependente do seu “dono” e que, no momento da transação, este “desaparece”? Provavelmente, não irá investir.

No crescimento normal de uma empresa, o líder tem de a preparar para que ganhe alguma autonomia e possa fazer o seu caminho. Só assim será possível construir uma equipa de elevado desempenho e crescer de forma sustentada, equilibrada e com valor.

 

Sente que a sua empresa não vive sem si? Não tem vida pessoal? Está “sozinho”? Quer ter uma organização com pessoas competentes e sentir o pulso de um negócio crescente? Comece a mudar agora! Contacte-nos. Na IHTP Business, temos uma equipa de consultores especializados para o/a ajudar.

 

FALAR COM UM ESPECIALISTA

 

Miguel Beirão

Consultor IHTP Academia Desenvolvimento de Negócios

 

One response to “Trabalho e liderança: Não seja “escravo” da sua própria empresa!”

  1. Excelente artigo!
    Muito obrigado pela tomada de atenção a este ponto que é de extrema importância Miguel Beirão.

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