Empreendedorismo no Feminino

Empreendedorismo no Feminino

Estamos no mês das mulheres!

E também nos negócios, há diferenças absolutamente visíveis e desigualdades entre ser homem ou mulher.

Não é que defendamos que devam existir essas diferenças ou desigualdades, até porque não há mulher que se preze que defenda algo tão paternalista como “quotas” percentuais, mas continua a ser uma realidade a dualidade de critérios na contratação sobre a maternidade ou a (des)igualdade de distribuição de tarefas domésticas (que impactam o tempo e a disponibilidade mental libertados para pensar e fazer a parte profissional).

Mesmo com a evolução dos números (em 1961 apenas 2% das mulheres tinham ensino secundário concluído, enquanto em 2021, 59,5% tinham ensino superior – dados pordata.pt) e com a evolução social que todas sentimos, ainda assim, em 2021, 51,8% das mulheres portuguesas trabalhavam por conta de outrém (dados pordata.pt).

Por isso, ser empreendedora ou empresária continua a ser uma realidade da minoria.

Muitas das vezes tem a ver com a noção de sustentabilidade financeira da família porque os empregos dão uma segurança chamada salário, que, em muitos casos, se torna a gaiola dourada que impede algumas mulheres de crescerem e se tornarem verdadeiramente independentes.

Em outras vezes, tem a ver com a falta de confiança em nós próprias. As vozes que ao longo da nossa vida nos disseram coisas tipo: “isso não é para ti”, “nunca vais ser capaz”, “as mulheres não são feitas para mandarem”, etc, etc… e todas essas vozes acabam por ter uma importância na pessoa que nos acabamos por tornar sendo que há algumas que nunca nos abandonam, são a nossa companhia fiel. Não são as melhores companhias porque nos impedem de avançar!

Como empreendedora ou empresária, eu tenho de ter a consciência que estou sempre a acrescentar  à minha vida e à vida dos que dependem de mim e essa capacidade de avançar e melhorar é das características principais nas mulheres de sucesso no mundo dos negócios!

Muitas das vezes passa por silenciar essas vozes estranhas! Acredito que mesmo as mulheres que criam empresas, têm estas vozes menos positivas mas têm a capacidade de as diminuir, de as silenciar e substituí-las por outras vozes que as fazem avançar, e esse é o truque: quando a voz começa, ser capaz de identificar esse momento e substitui-la por algo que nos ajude a avançar!

Mesmo que seja uma “não verdade” nos primeiros momentos, a continuação de essas “não verdades” tornam-se verdades, porque nós tornamo-nos boas naquilo que praticamos e se praticamos pensamentos e ditos que nos motivam tornamo-nos boas em termos pensamentos motivadores!

Logo, pensar naquilo que nos dizem (e que sabemos que não é a pessoa que somos ou que queremos ser) e ser capaz de rir, porque sabemos o que ainda está por vir, é a receita para alinharmos cada vez mais com a realidade que queremos atrair.

Obviamente, antes de tomar qualquer decisão de empreendedora, perceba o quer fazer enquanto empreendedora, ou seja, o quer fazer, como quer fazer, onde quer fazer, com quem quer fazê-lo, o que precisa ainda ter/aprender, etc. Tenha as suas ideias alinhadas e estará pronta para dar os passos seguintes: implementar o que planeou.

Nem sempre tem de saber tudo no seu negócio mas tem de ter junto de si quem saiba! Por isso, habitue-se a pedir ajuda (que é algo que nós mulheres estamos pouco habituadas a fazer). A pedir ajuda para o que não sabe mas também quando sentir que não está a viver em toda a sua magnificência (sim, magnificência) porque nós merecemos ser tudo o que desejamos para a nossa vida. Só temos de o pensar, visualizar, planear e fazer acontecer!

Precisando, tem um assistente virtual e um assistente pessoal à sua espera!

E, acredite que é capaz! Porque é! Afinal, é mulher!!!

 

Cristina Sousa

Consultora IHTP / Business Development Academy Manager

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