Os horários das refeições
A ciência tem vindo a estudar cada vez mais o impacto dos horários das refeições, no seu peso, no vigor, na saúde em geral e no nível de energia. A parte da ciência que estuda os ritmos biológicos (ritmos circadianos), é a cronobiologia.
Há cada vez mais investigação científica a demonstrar que o momento em que se come é tão importante como o alimento consumido, que o momento em que se dorme é tão importante quanto as horas de sono e que o momento em que nos exercitamos é tão importante quanto o treino que se faz.
Em suma, parece ser verdade que colaborar com os ritmos naturais do seu corpo, em vez de os contrariar, poderá construir um horário quotidiano capaz de mudar a sua saúde e a sua vida, permitindo emagrecer, sentir energia e de conseguir dormir à noite. Isto está ao alcance de todos, basta na medida do possível, criar condições para os horários da vida serem regulares, de acordo com o seu ritmo natural, incluindo naturalmente os horários das refeições.
Por exemplo, um horário de refeições deficiente, também afeta o funcionamento intestinal, nomeadamente o cólon, podendo originar prisão de ventre, afetando a sua saúde e o bem-estar geral (físico, psicológico, emocional), com impacto no seu rendimento laboral, ao longo do dia.
Para além, da questão da alteração dos horários das refeições que tem impacto em termos metabólicos, digestivos e fisiológicos, existe também a quantidade de alimentos na refeição, que também é um aspeto essencial.
Nos Estados Unidos da América, uma parte significativa dos americanos consome metade das calorias diárias após as quatro da tarde, o que explica em parte os níveis elevados de excesso de peso ou obesidade. De acordo com um estudo, realizado ao longo de seis anos, em 1245 pessoas com o peso normal e sem complicações metabólicas, observou-se que as pessoas que declaram consumir mais de metade das calorias na refeição da noite, apresentaram o dobro de probabilidade se terem tornado obesos ou desenvolvido outras complicações metabólicas (ex: colesterol elevado, hipertensão, dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras doenças) ao longo desses seis anos.
Conclusão: Fazer um bom pequeno almoço, e do almoço, a refeição mais substancial do dia, mesmo que não altere mais nenhum dos seus hábitos alimentares do dia, pode beneficiar a sua saúde por muitos anos. Comece agora a cuidar melhor de si!
António Cordeiro
Nutricionista
Consultor de Excelência Pessoal IHTP
Muito bacana este conteúddo.
Realmente temos cometido erros sobre o hórario das refeições. Muito obrigado mesmo pela partilha e gostaria caso tenha mais artigos, não hesite em partilhar.
Gratidão de coração.
Carlos Celestino
Agradecemos o seu feedback