E estamos em mais um final de ano …

E estamos em mais um final de ano …

Pois.. Já percebeu, certo?…

Para alguns de nós, o final do ano apanhou-nos sem nós contarmos… Piscamos os olhos e, de repente, é novamente Natal! E com o final do ano vêm inevitavelmente os balanços… Esta coisa que a vida moderna (VUCA*, para alguns) inventou para controlar cada passo que damos profissionalmente. Os famosos critérios de avaliação (os KPIs**) que qualquer gestor vai querer dissecar até ao tutano.

Se o vosso passado for na área das Letras, como eu, vão ter uma aversão quase orgânica a tudo o que forem números (excepto os que entram na vossa conta bancária) e folhas de excel… Olharão para os números com uma distância reverencial e com uma respeito quase evangélico.

Mas, mesmo que seja o seu caso, temos de aprender a olhá-los de forma diferente. Até para não chegarmos a esta altura do ano e sermos surpreendidos pela sua escassez… Se formos olhando para esses números todos os meses, todas as semanas, será difícil que nos surpreendam no final do ano.

E, mais uma vez, se forem como eu já fui, este hábito de olhar para os números passa a ser uma realidade semanal. Pois, mesmo não gostando sempre do que vemos, ajustamos a nossa perspectiva à realidade que temos à frente. E isso ajuda-nos a sermos cada vez mais eficazes e até eficientes.

Para além de que nos ajuda a ser melhor profissionais. Porque passamos a focar-nos nas tarefas que realmente importam para a nossa actividade. Pois, ao medirmos, conseguimos perceber o que faz sentido continuar a fazer, deixar de fazer ou fazer mais. E, pelo caminho, obriga-nos (no sentido literal da palavra) a fazer melhor.

Principalmente quando esses números não são exactamente o que queremos. Obriga-nos a encontrar soluções diferentes e essa capacidade de nos reinventar, de aprender algo novo ou de tentar mais uma vez, faz de nós melhores. Melhores profissionais, mas, acima de tudo, melhores pessoas.

E melhores pessoas têm melhores resultados. Porque quando os clientes conseguem reconhecer que olham para eles sem ver apenas cifrões, é fácil quererem trabalhar com essas pessoas. Para além disso, as pessoas que estão sempre a melhorar, também têm sempre soluções inovadoras e mais acertadas a oferecer. Daí ser fácil que todos queiram trabalhar com pessoas esforçadas e que sejam de confiança. E que olharam pelos interesses dos clientes como se fossem os seus próprios.

Todas estas considerações não mudam a realidade deste ano: estamos a chegar ao final do ano. Falta um mês para o contador voltar a ser reiniciado. E essa verdade tem nos fazer olhar para o que fizemos e para o que ainda podemos fazer com os pés no chão. O tempo é o que é e vai acabar por esgotar-se. Então, qual a melhor forma de o usar? Com quem? E a fazer o quê?

Pois, apesar de não pudermos voltar o relógio atrás, podemos sempre fazer diferente e melhor no próximo ano. Só que não pode ser apenas uma série de boas intenções (porque as essas já sabemos o que acontece quando Janeiro começa a correr)… Não! Têm de ser acções devidamente identificadas e quantificadas. Do tipo, vou fazer x contactos por dia ou ter y clientes novos por mês ou ainda, vou fechar z vendas por trimestre.

Armados com um plano estratégico devidamente detalhado será fácil que o próximo ano não se torne surpreendentemente esquivo. E se apresente cada vez mais concretizador. Para que seja mesmo um ano diferente e melhor! E que acabe por ser tudo o que deseja!

Mas, anda falta um mês para acabar o ano!

Por isso, vamos lá terminar em grande!

 

Cristina Sousa

Consultora IHTP e Business Development Academy Manager

 

* Volátil, Incerto (Uncertain), Complexo e Ambíguo

** Key Performance Indicators

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *