Os Benefícios da Dança
Sim, a dança é o meu desporto favorito.
E também sei que para a grande maioria das pessoas, quando pensa em desporto, não incluí a dança como modalidade. Mas, efectivamente, é!!
E só quem nunca treinou para um campeonato é que acha que não é um desporto! Para além da evidente forma física no que toca à parte muscular, temos de ainda que relembrar a parte cardiorrespiratória. Tudo isto enquanto relembra a coreografia e executa todos os movimentos com leveza e graciosidade. Apenas tudo isto…
Mas, se isto não fosse suficiente para convencer qualquer incauto leitor a querer experimentar, deixem-me falar-vos de doutros 3 benefícios que possam vos estar a escapar (para além do evidente benefício da melhor forma física e combate à obesidade e ao sedentarismo):
Primeiro: Ajuda a manter o cérebro saudável!
A dança ajuda manter activos uma série de circuitos cerebrais que fomentam a manutenção da memória e a afastar tendências de demência. O ter de memorizar dezenas de movimento e as suas sequências, obrigam o seu cérebro a trabalhar (mesmo que não esteja para aí virado). E, dessa forma, reverte a perda de volume do hipocampo (a parte que controla a memória) e que tem tendência a diminuir com o avançar da idade (daí a demência).
Segundo: Aumenta a autoestima, a confiança e permite socializar mais de perto!
Qualquer que seja a actividade desportiva que escolha, a melhoria do seu humor torna-se evidente ao fim de algumas repetições (tem de aguentar até lá!). E mesmo que sejam poucas (as repetições), o seu cérebro vai limitar endorfinas, que fazem com que se sinta melhor (mesmo doendo um ou outro músculo). Sendo um desporto que lhe agrade, essa sensação será ainda maior.
Para além disso, há tipos de dança que permitem que exprima toda a sua sensibilidade; alguns, chamar-lhe-ão a possibilidade de exprimir o que lhe vai na alma.
Terceiro: Pode ser feito em pares ou grupos!
Enquanto seres humanos, somos uma espécie que anseia por contacto com os outros. E enquanto dançamos, seja em pares, seja em grupos maiores, temos de nos ligar, fisicamente, com outro(s). E mesmo que não tenhamos de estar sempre em contacto com os restantes membros do grupo, temos de nos sincronizar. E essa sincronização, obriga a contacto visual e alinhamento de movimentos.
Ora, em termos cerebrais, estas sincronizações criam uma ligação dentro do grupo, que vai muito para além de uma mera conexão física. Cria conexões a nível do subconsciente. E estas ligações mantém-se mesmo quando a música para. Especialmente no que toca a dança a pares (aliás, é uma daquelas actvidades fantásticas para fazer enquanto casal, porque fortalece relações, por passarem a terem mais uma coisa para fazerem em comum).
Para além disto, em certas idades, é uma boa razão para sair de casa e combater o isolamento social. Deixe-me esticar um pouco o raciocínio: é uma boa razão para sair de casa em qualquer idade.
Então, agora que já percebeu conscientemente porque é que a dança é um daqueles desportos claramente a experimentar, deixo-o com esta ideia (para ver se o convenço de vez falando diretamente ao seu subconsciente): já imaginou o figurão que vai fazer na próxima festa de família, ao exibir os seus novos dotes na pista de dança? Vão ficar todos de boca aberta, ao vê-lo(a) a deslizar ao som da música!
Aposte em si! Mexa-se! Dance!!
Cristina Sousa
Consultora IHTP de Excelência Pessoal
* Fonte: Confederação Brasileira de Dança Esportiva, Sociedade Brasileira de Medicina do
Exercício e do Esporte, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Centro Alemão para
Doenças Neurodegenerativas e Universidade de Illinois