O sucesso profissional e pessoal é um objetivo comum à generalidade das pessoas. Contudo, o caminho para o alcançar depende de nós e das nossas escolhas.

Na verdade, aquilo que conhecemos é às vezes irrelevante. Não damos a devida importância às ocasiões em que temos de tomar decisões que podem mudar a nossa vida. Decidimos com base naquilo que julgamos conhecer e ignoramos tudo o resto.

Nós supomos saber porque fazemos certas escolhas. Então, como explicamos quando as coisas não acontecem como esperávamos? Ou como justificamos o facto de algumas pessoas conseguirem atingir o sucesso e outras não?

Isto remete-nos para as seguintes questões: Porque vivemos a vida que vivemos? E porque o fazemos desta forma?

Existe uma máxima que defende que “a vida que vivemos é o resultado das nossas decisões, das nossas escolhas”. Então, podemos concluir que decidimos existir dessa forma e temos a liberdade para optar pelo que é melhor para nós. No entanto, não é isso que acontece. A maioria das pessoas tem a vida que pode e não a que deseja.

Em qual destas duas realidades o leitor se revê? Se vive a vida que pode e não a vida que deseja, porque é que o faz? É importante refletir sobre isto.

Todas as escolhas, boas ou más, têm consequências

Quem é que, no seu perfeito juízo, escolhe viver uma vida triste, amargurada, sem sucesso, dinheiro e sentido? Conscientemente, ninguém escolhe uma vida que não quer, mas, de facto, a maioria vive dessa forma. Porquê?

Das duas, uma: ou estamos conscientes das nossas escolhas e das suas consequências ou não sabemos escolher. Pessoalmente, acredito mais na segunda. Realmente, não sabemos optar e tomar as melhores decisões.

E não o sabemos fazer, na minha opinião, por uma razão muito simples. Tomamos as nossas decisões e fazemos as nossas escolhas com base naquilo que sabemos e conhecemos. Contudo, o que desconhecemos é infinitamente maior.

Grandes invenções que mudaram o mundo surgiram por mero acaso e sem o propósito que os seus inventores idealizaram inicialmente. No entanto, estes ignoraram as improbabilidades porque as mesmas estavam para além do seu conhecimento.

Imagine a dimensão de acontecimentos e oportunidades que poderão existir para além do nosso conhecimento! E como estes poderão mudar a nossa viva e levar-nos ao sucesso.

Por isso, não devemos levar demasiado a sério aquilo que sabemos. Isso impede a renovação do nosso conhecimento e, consequentemente, a capacidade de gerar mais e melhores resultados.

A chave do sucesso pode estar no caminho da incerteza

Como podemos decidir com base no que desconhecemos? Na minha opinião, em vez de pensar que o único trilho a caminhar é aquele já percorrido, devemos optar por uma trajetória diferente. Mesmo que, para o comum dos mortais, o trilho pelo qual caminha pareça seguro, não há garantias que o seja. Se pararmos para pensar, é fácil concluir que qualquer um deles é incerto!

O caminho para o sucesso é o Santo Graal da maioria das pessoas. Algumas desperdiçam a vida a tentar encontrá-lo, outras investem o seu tempo a construí-lo. E é isto que diferencia as pessoas de sucesso das restantes.

O caminho tem que ser construído por cada um de nós. É o nosso trilho e não o dos outros. O problema aqui é descobrir como fazê-lo. Alguns já descobriram, outros nem tanto e muitos nunca descobrirão, principalmente aqueles que mais o procuram. Porque o nosso rumo é pessoal e intransmissível.

O caminho faz-se percorrendo o trilho da incerteza. Na verdade, não sabemos o resultado final. Apenas podemos tecer suposições, daí a incerteza. A ponte a estabelecer aqui é com o que não aconteceu e que poderia ter acontecido nas nossas vidas. Se tivéssemos ido por um caminho diferente daquele já percorrido, com quem, como e onde estaríamos?

E se decidir não arriscar?

Mais uma vez, valorizamos o que acontece na nossa vida e ignoramos o que poderia vir a acontecer se arriscássemos mais no improvável. Se o nosso conhecimento é limitado, as nossas escolhas e decisões também serão. A  maioria prefere não arriscar no que desconhece e supõe que conhece tudo o resto. É aí que reside o problema.

Tal remete-nos para a falácia do “Não Arriscar”. Lamento, mas isso não existe. As pessoas, quer queiram, quer não, estão sempre a correr riscos, mesmo “não arriscando”. Ao “não arriscar”, estão sujeitas a obter os mesmos resultados ou até piores.  Aventuram-se a que a vida lhes dê mais do mesmo, a viver de uma forma que não querem.

Por isso, se está sempre a correr riscos, porque não fazê-lo com o improvável? Este poderá trazer mais e melhores resultados. É isto que diferencia as pessoas de sucesso das restantes. Arriscarem naquilo de que as outras têm medo.

O que as impede de arriscar é o medo do desconhecido. Contudo, é aí que se encontra a maioria das oportunidades de sucesso. Assim é e sempre será! Vale a pena pensar nisto e começar a mudar aquilo que lhe desagrada.

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Vítor Cerqueira

Consultor IHTP Academia Desenvolvimento de Negócios
 

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