Líder: Aprenda a ceder perante a equipa e conquiste confiança!
Um líder constrói-se em função da riqueza e diversidade que encontra no seio das suas equipas e da forma como acolhe e aprende com a diferença.
Numa publicação anterior no nosso blog, explicámos que liderar crianças ou adultos é completamente diferente. Neste artigo, abordamos a importância da cedência perante a equipa, independentemente de esta ser composta por miúdos ou graúdos.
A espontaneidade e a transparência dos mais novos complementam-se com o desafio de interpretar o comportamento dos adultos, os silêncios e os burburinhos que os surpreendem ao virar de cada esquina.
O desafio reside na capacidade de tornear e enfrentar o sinal de oposição de uma perspetiva diferente e de forma subtil face ao elemento opositor, blindando e circunscrevendo o problema que lhe deu origem e fazendo-o desvanecer-se em torno do próprio elemento que o criou.
O líder deve estar sempre atento, escutar e sentir o “pulsar” da equipa. Muitas vezes, o que é impercetível é o mais importante. Em algumas ocasiões, um ambiente de balneário fantástico resvala facilmente para um burburinho que destabiliza todo o trabalho conquistado. Tudo isso está à distância de pequenos detalhes, que deve ser o líder a deslindar.
Uma equipa pode ajudar a moldar um líder
O responsável pela liderança não tem de ser o dono de toda a verdade e deter orgulhosamente a razão. Qual o problema de dar o “braço a torcer” e reconhecer que algo não é bem como acreditávamos ser?
Essa humildade não enfraquece em nada um líder, se feita com justificação e admitindo que do outro lado também pode vir muito ensinamento. O reconhecimento engrandece a relação do líder com a equipa.
Neste aspeto, os miúdos são bastante atentos. Têm sempre a sua perspetiva das coisas e gostam de levá-la ao limite. Fazem-no principalmente quando sentem que têm um treinador que não reconhece, uma vez que seja, que eles podem ter razão (mesmo que efetivamente não a tenham).
Para as crianças, o ceder em determinadas “lutas” – obviamente, aquelas em que é irrelevante o resultado dessa cedência – dá um sinal de que o treinador está disposto a dar-lhes razão. Isso consolida o respeito da equipa pelo líder.
Com os adultos acontece o mesmo. Porém, as “cedências” não deverão servir para acalmar egos. São, ao invés, processos inteligentes de envolvimento da equipa nas decisões e consistem na audição do que cada membro pensa antes da deliberação final. Mas os elementos da equipa deverão estar conscientes de que a última palavra cabe sempre ao líder.
Se estivermos na presença de um verdadeiro líder, este dará sempre a cara pela decisão tomada, quer seja bem-sucedida ou não e independentemente de ser baseada na sua opinião ou na posição de um ou mais elementos da equipa.
Aprender e ensinar “fazendo”
Um líder que tem de recrutar e formar atletas/colaboradores deve saber “fazer” o que ensina e ensinar “fazendo”. Deve mostrar, ir para o meio da equipa, envolver-se no processo de treino/formação, vestir o fato-macaco (se necessário) e executar.
Não basta dizer à “distância” como se faz! Há que “sentir” o papel de atleta/colaborador e que saber como é fazer, como é estar no lugar dele. É fundamental perceber as dificuldades que a equipa transmite, em vez de procurar “torneá-las” com um discurso redondo.
Mais uma vez, o líder não tem de ser o dono da verdade, da suposta única forma de realizar uma tarefa. Deverá haver sempre um processo de aprendizagem em equipa, em que todos estão envolvidos: os que nada sabem e os que estão a ensinar e que, muitas vezes, acreditam que sabem tudo.
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Álvaro Magalhães
Consultor IHTP Academia Desporto
bem haja pelos vosso informações , sei que todos os dias tenho de aprender mais até morrer .
Bem Hajja
Gostei muito.
Excelente artigo.
Muitos parabéns Álvaro!