Comer vs saborear: Deixe-se de distrações à mesa!
Comer, saboreando cada alimento, é mais complexo do que parece. Num artigo anterior no nosso blog, vimos como os nossos sentidos nos enganam e nos fazem ter fome sem que esta exista realmente. Neste artigo, mostramos-lhe como, no momento da refeição, esses mesmos sentidos nos fazem comer demais e transformar uma refeição num processo mecânico e não num verdadeiro momento de nutrição.
Nos tempos modernos, somos muitas vezes enganados pelos nossos sentidos. A pressa, as cores, os cheiros e as novas tecnologias levam a que tenhamos hábitos errados.
Com a vida apressada que vivemos, são inúmeras as vezes em que não temos cuidado a preparar as nossas refeições. Fazemo-lo mecanicamente, sem o amor e a tranquilidade necessária para colocarmos magia nos nossos pratos.
Frequentemente, falta-nos cor para alimentarmos a visão, aroma para nutrirmos o olfato, amigos e afetos para aquecermos a alma e tempo para saborearmos tudo com prazer. Costuma comer a olhar para o televisor ou enquanto trabalha ao computador? Tem por hábito petiscar enquanto assiste a um filme ou despacha os seus filhos para a escola? Sim, todos nós cometemos estes erros inúmeras vezes!
Mas sabe o que acontece quando responde a um email acalorado ou atende telefonemas pouco simpáticos no momento em que está a almoçar ou jantar? A emoção é ingerida juntamente com o alimento, o que pode causar indigestão, mal-estar e problemas intestinais.
Que o seu alimento seja o seu remédio e que o seu remédio seja o seu alimento.
Hipócrates
Como comer sem enganar os sentidos?
As distrações saem caras ao nosso organismo. Quando nos sentamos para comer, tendo como companhia um televisor, vivemos aquilo a que chamamos engano dos sentidos. Na verdade, estes estão dispersos entre o prato de comida e o que se passa no ecrã. Não prestamos a atenção necessária aos alimentos que temos à nossa frente e acabamos por ingerir mais do que o imprescindível, sem retirar todos os nutrientes que estão disponíveis na refeição.
Isto acontece pela dispersão dos sentidos e, consequentemente, do cérebro, que é o centro da fome. O corpo não fica saciado, pois não retira prazer da refeição (através da visão, olfato, paladar, audição e toque).
Lembre-se de que a sua saúde é o seu bem mais precioso e de que o alimento é o combustível necessário para pôr o seu corpo a trabalhar corretamente.
Faça das suas refeições um momento único e de prazer. Aprenda a parar e a desfrutar do seu prato. Comece pela preparação e termine na degustação. Encha o prato de cor, tenha o cuidado de o preparar de forma agradável aos olhos. Diversifique as texturas e deixe-se envolver pelos aromas. Prepare a mesa para receber a pessoa mais importante do mundo: você mesmo. Depois, sente-se e aprecie cada garfada, sentindo os aromas, texturas e sabores.
Terá, assim, os sentidos e o cérebro focados na refeição, absorvendo os nutrientes e enviando-os para os pontos corretos. Ganhe a energia necessária para desfrutar de plena saúde.
Anabela Trindade
Consultora IHTP Academia de Saúde e Bem Estar
Muito obrigado pela tomada de atenção destes acontecimentos que, também, acontecem comigo e pela partilha de sugestões de melhoria.
Muito obrigado pelo seu comentário Ricardo Sequeira , é muito bom saber que ajudamos outros a melhorar.
Obrigada pela informação, não fazia ideia. Vou ter mais atenção.
Muito obrigado pelo seu comentário Carina